O Santo Pão e o Cálice da Vida.
Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão, e tendo dado graças, o partiu e disse: ‘Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim’. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.
1 Coríntios 11:23-25.
Na Santa Ceia, Jesus não nos apresenta apenas uma lembrança ou uma representação simbólica. Ele verdadeiramente nos concede seu corpo e seu sangue, sob as aparências do pão e do vinho. Isso é a garantia do perdão de nossos pecados, da vida eterna e da nossa redenção. Não se trata de uma criação humana, mas de um presente sagrado, estabelecido pelo próprio Senhor na noite em que foi entregue. Ele próprio é quem nos convida, serve e se oferece como o anfitrião.
A teologia luterana declara inequivocamente a presença real de Cristo no Sacramento, fundamentada em suas próprias palavras: "Isto é o meu corpo... Isto é o meu sangue". Estas não são meras metáforas, mas promessas autênticas. Através da Ceia, Cristo se une sacramentalmente a nós, robustece nossa crença, intensifica nossa união com Ele e com a Igreja, e assegura que somos participantes da nova aliança.
O teólogo luterano Hermann Sasse escreveu:
A Santa Ceia é o coração da igreja, porque nela o próprio Cristo está presente de maneira pessoal e corporal, oferecendo a todos os fiéis os frutos da cruz.
Assim, cada vez que nos achegamos à Mesa do Senhor com fé e arrependimento, recebemos não apenas alimento espiritual, mas a certeza visível da graça divina, da comunhão com Cristo e do perdão renovado.
Viver a fé como cristãos é viver da mesa da graça, onde o Cristo crucificado e ressuscitado se entrega a nós em humildade e amor. Somos chamados a nos aproximar da Ceia com arrependimento sincero, mas também com alegria confiante, pois nela Deus reafirma que somos seus filhos e herdeiros da vida eterna.
Em tempos de fraqueza, dúvida ou queda, a Ceia é um remédio da alma. Não é um prêmio para os fortes, mas alimento para os fracos, cura para os feridos e fortaleza para os cansados. Quando o mundo oferece migalhas de satisfação, Cristo nos oferece a plenitude da vida em seu próprio corpo e sangue.
Participar da Ceia também nos convida a viver em comunhão com os irmãos, perdoando, servindo e partilhando a mesma fé. Pois, como diz Paulo, “porque há um só pão, nós, embora muitos, somos um só corpo” (1 Coríntios 10:17).
Assim, a cada celebração da Ceia do Senhor, renovamos não só nossa fé, mas também nosso compromisso de viver como povo redimido, alimentado e sustentado por Cristo.
Que o Senhor abençoe a todos abundantemente e que em vossa casa não falte o necessário para o corpo e para a alma.
Com consideração, Vinícius – Equipe de Apoio.
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