Comunidade Católica Apostólica Romana

A Inquisição surgiu como forma de combater heresias dentro da Igreja, a pior no momento eram os cátaros. Os cátaros eram um grupo de "religiosos" que acreditavam que a Bíblia possuía dois deuses: Um deus mau do velho testamento e um deus bom do novo testamento, ignorando diversas passagens bíblicas. Por isso, os cátaros acreditavam que também havia uma dualidade no ser humano: O espírito era bom e a matéria era má. Com esse pensamento, matavam bebês para libertar suas almas de seus corpos materiais e praticavam a endura (suicídio para libertar a alma do corpo), como dito pelo professor Andrew Phillip Smith no livro "The Lost Teachings of the Cathars: Their Beliefs and Practices"

-- = -- Tendo dito quem a Inquisição combatia, é importante falar quem era membro do tribunal: Os juízes do Tribunal do Santo Ofício deveriam ser: Homens de reputação impecável, escolhidos por sua sabedoria, experiência e virtude e deveriam ser Mestres em Teologia. Além disso, os inquisidores, que costumavam ser missionários e pregadores, eram educados e muito respeitados pela população. À respeito da tortura, houve sim, porém a Igreja não conduziu-as, sendo os padres e inquisidores proibidos de participa-las. No Directorium Inquisitorum, Nicholas Eymerich criticou as torturas por serem suscetíveis a abusos e não serem confiáveis, tendo em vista que os torturados poderiam confessar pecados que não cometeram. Além disso, a tortura não poderia ser utilizada como punição. As punições eram feitas pelos Estados Civis, que embora recebiam influência da Igreja (como Marcelo Andrade cita à respeito da Espanha - país conhecido por ter os chamados "reis católicos" - e Portugal) tinham liberdade para decidir as punições, essa responsabilidade não era da Igreja. Além disso, o Tribunal do Santo Ofício era conhecido por ser piedoso, como explicarei mais a frente.

Estudiosos como Henry Kamen citam 3000 mortos, porém o Atti Simposio Internazionale (1998), estudo conduzido pela Igreja durante o papado de São João Paulo II que contou com 34 estudiosos de fora da Igreja, sendo eles: Agostino Borromeo, Adriano Garuti, Alejandro Cifres, Alastair Duke, Arturo Bernal Palacios, Charles Amiel, Eamon Duffy, Fermina Álvarez Alonso, Francisco Bethencourt, Frantisek Holecek, Gabil Audisio, Gigliola Fragnito, Georges Cottier, Grado Giovanni Merlo, Gustav Henningsen, Henry Kamen, José Ignacio Tellechea Idígoras, José Luis González Novalín, Jean Louis Biget, Jean Miguel Garrigues, Jean Pierre Dedieu, Lorenzo Paolini, Mario D'Addio, Massimo Firpo, Peter Godman, Pier Cesare Ioly Zorattini, René Millar Carvacho, Ricardo García Cárcel, Sergio Pagano, Silvana Seidel Menchi, William Monter, John Tedeschi, Alexander Bonnici, Bartolomé Bennassar, Bruno Neveu, Téofanes Egido e Ugo Baldini. (PDF pode ser acessado em https://www.academia.edu/26429518/Linquisizione_Studi_e_testi_417_) fala de 25 pessoas em 160 anos, "Agostino Borromeo, por ocasião da apresentação dos resultados das pesquisas do simpósio, comenta que, dos acusados processados entre os anos 1540 e 1700 [período em que foram realizados 44.674 julgamentos], só foram condenados à morte 1,8% dos quais apenas 0,1% foram executados pelo Estado [pois os 1,7% restantes conseguiram escapar ou tinham paradeiro desconhecido]. traduzido em números concretos, Isto significa que de fato morreram 25 pessoas em 160 anos. como são diferentes estas cifras daquelas sugeridas pela mídia Mundial.", (trecho retirado do site: https://apologistasdafecatolica.wordpress.com/2018/01/29/o-simposio-internacional-sobre-a-inquisicao-convocado-por-joao-paulo-ii/).

Outro site que confirma esses dados, citando os mesmos números: https://www.catholicnewsagency.com/news/1367/historian-dismisses-black-legend-about-the-inquisition. Ambos os sites citam uma entrevista que Agostino Borromeo cedeu a revista Spanish Daily ABC, entrevista essa que pode ser encontrada em: https://www.abc.es/sociedad/abci-agostino-borromeo-inquisicion-espanola-juzgo-personas-y-mayoria-condenas-fueron-espirituales-200406150300-9622036253986_noticia.html